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Marina n?o precisa de ?pl?stica na imagem?, diz coordenador de campanha

Campanha da senadora ? Presid?ncia n?o ter? marqueteiro.Alfredo Sirkis rejeita ‹marqueteiro da pesada‹ e campanha ‹pirot?cnica‹.

Quarta-feira, 24 de março de 2010


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A coordenação da pré-campanha da senadora Marina Silva (PV-AC) à Presidência da República decidiu não contratar um marqueteiro, figura constante nas disputas eleitorais e muitas vezes paga com salários milionários.

 

"A gente não precisa de alguém que a transforme numa outra mulher, como esses marqueteiros da pesada que mudam o visual e tudo. (...) Não vai ter um mago que iria operar uma cirurgia plástica na imagem dela e transformá-la numa pessoa que ela não é”, diz o vereador do Rio de Janeiro Alfredo Sirkis, coordenador da pré-campanha da senadora.

 

Segundo ele, há um consenso entre os membros da coordenação de que um dos pontos positivos da imagem da senadora é o despojamento e que isso poderia ser desvirtuado com um programa de TV “pirotécnico”, por exemplo.

“Em pesquisas qualitativas, descobrimos que o forte é ela falando ‘olho no olho’ com o telespectador, o que não é usual porque geralmente as pessoas reagem mal com o político falando na TV, correm com o controle remoto pra mudar o canal da TV”, diz Sirkis.

No lugar do marqueteiro, haverá uma equipe de vários profissionais de comunicação. "Estamos trabalhando com tudo o que os outros terão. Teremos pesquisas, diretor de arte, redator etc. Só não teremos um cara acima do bem e do mal", diz Marco Mroz, outro coordenador da campanha.

 

Para Sirkis, a presença de marqueteiro numa campanha não é algo "obrigatório".


“Isso de marqueteiro é muito uma coisa do Brasil. Se você olhar a campanha do Barack Obama (presidente dos Estados Unidos), tem um especialista em pesquisa, depois tem o diretor de arte, o roteirista que faz os textos de TV, o outro escreve os discursos, o outro dirige o programa de TV. É uma equipe. Se você perguntar quem é o Duda Mendonça do Obama ou quem é o Duda Mendonça da Hillary Clinton, não existe”, diz Sirkis.

 

De acordo com ele, o dinheiro que seria gasto para a contratação de um marqueteiro também foi levado em consideração. "Não teríamos jamais recursos pra bancar um cara desse, mas não é apenas por isso. Se tivéssemos, também não seria essa a opção." Já Mroz diz que a decisão não foi tomada em função dessa variável. "Não se pediu orçamento para nenhum marqueteiro", afirma.

 

 

Fonte: Maria Angélica Oliveira, Do G1, em São Paulo

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